Isolamento e produção de enzimas por Malassezia pachydermatis de cães com otite ou dermatite e cães sadios
Anexos
Informações
Título
Isolamento e produção de enzimas por Malassezia pachydermatis de cães com otite ou dermatite e cães sadios
Autor(es)
Eliana Cumino Chiurco
Orientador(es)
Selene Dall´Acqua Coutinho
Data de Defesa
12/12/2016
Resumo
Malassezia spp. são leveduras do microbioma cutâneo animal e humano e podem causar infecções oportunistas. O objetivo deste projeto foi pesquisar a presença da levedura em cães com otite e/ou dermatite e em animais sadios, comparando a frequência de isolamento e parâmetros epidemiológicos, assim como a produção das enzimas fosfolipase e proteinase, a fim de verificar sua relação com a patogenicidade das cepas isoladas. Amostras clínicas de 28 cães doentes e 33 cães sadios foram coletadas, totalizando 183 amostras, sendo 61 de conduto auditivo esquerdo, 61 de conduto auditivo direito e 61 de pelame, que foram semeadas em placas de Petri, contendo meio de Dixon modificado. As colônias isoladas foram estudadas macro e micromorfologicamente, e identificadas fenotipicamente. A pesquisa de fatores de virulência foi realizada por meio da avaliação de produção das enzimas fosfolipase e proteinase empregando-se como substratos gema de ovo e albumina sérica bovina, respectivamente. Malassezia pachydermatis foi detectada em 85,71% (24/28) dos animais doentes, sendo 53,57% (15/28) positivos somente em condutos auditivos, 10,71% (3/28) em pelame e 21,42% (6/28) em ambos. Já nos sadios, a positividade ocorreu em 90,90% (30/33) dos animais, sendo 72,72% (24/33) em condutos auditivos, 12,12% (4/33) em pelame e 6,06% (2/33) em ambos. Não foram observadas diferenças estatísticas na ocorrência de M. pachydermatis entre os sexos. A levedura foi isolada em maior frequência de condutos do que de pelame nos dois grupos estudados. A faixa etária com maior concentração de amostras para os dois grupos foi ≥ 1 ano a < 8 anos. Em relação à fosfolipase, verificou-se que 100% das cepas oriundas de animais sadios e 88,37% de animais doentes produziram a enzima. Proteinase foi produzida por 97,91% e 100% das cepas provenientes de cães sadios e com infeção, respectivamente. Não houve diferença estatística na produção destas enzimas entre os grupos, o que pode sugerir que o caráter patogênico da levedura não esteja ligado exclusivamente à produção das enzimas analisadas, mas sim a uma somatória de fatores ainda não conhecidos em relação ao gênero Malassezia.
Resumo (EN)
Malassezia spp. are commensal yeasts isolated from animal and human microbioma, but they can also cause opportunistic infections. The aim of this work was to determinate the presence of Malassezia spp. in dogs with otitis and/or dermatitis and compare the frequency, epidemiologic parameters, as well production of phospholipase and proteinase, with strains isolated from healthy dogs, to verify its relationship with pathogenicity. Clinical samples were collected from 28 sick dogs and 33 healthy dogs, totalizing 183 samples, being 61 from left ear canal, 61 from right ear canal and 61 from fur, which were seeded on Petri dishes with modified Dixon agar. The isolates were studied macro-and-micromorphologically and identified by phenotypical characteristics. The production of phospholipase and proteinase were carried out using egg yolk and bovine serum albumin as substrates, respectively. Malassezia pachydermatis was detected in 85.71% (24/28) of the diseased animals, being 53.57% (15/28) isolated from ear canals, 10.71% (3/28) from fur, and 21.42% (6/28) from both areas. The yeast was found in 90.90% (30/33) of the healthy animals, being 72.72% (24/33) in ear canals, 12.12% (4/33) in fur, and 6.06% (2/33) in both regions. No statistical differences were observed related to sex. Malassezia pachydermatis was isolated more frequently from ear canals than the hair coat (statistically significant) in both groups. The frequency of M. pachydermatis is higher in dogs ≥ 1 year to < 8 years old. Phospholipase was produced by 100.00% and 88.37% of the strains originated from healthy and sick animals, respectively. Proteinase was produced by 97.91% and 100.00% of the strains provenience from healthy and sick dogs. No statistical differences were observed related to enzymes production between the two groups. These results suggest that the pathogenic character of M. pachydermatis must be related to multiple virulence factors and not just the production of the enzymes proteinase and phospholipase.
Tipo
Dissertação
Palavras-chave
Malassezia spp., Cães, Fatores de Virulência, Proteinase, Fosfolipase
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq
Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias
Instituição
UNIP
Direito de Acesso
Acesso Aberto