Prevalência e tamanho do ácaro Varroa destructor em colmeias da abelha – europeia Apis mellifera em apiários do Alto Tietê e regiões adjacentes

Resumo

Objetivo – Investigar a variação sazonal na prevalência e no tamanho de V. destructor em colmeias de A. mellifera provenientes da região do Alto Tietê. As abelhas Apis mellifera possuem grande importância econômica. Contudo, muitas doenças e pragas fazem parte do cotidiano da apicultura, sendo uma dessas o ácaro Varroa destructor, o qual se alimenta da hemolinfa das abelhas deixando-as enfraquecidas, afetando diretamente no seu desenvolvimento, podendo causar lesões de deformidades nas asas, diminuindo sua longevidade e carregando um vírus que causa paralisia. Métodos – No total de 15 colmeias foram analisadas, durante as estações seca e chuvosa, em três apiários, nos quais as abelhas foram coletadas e a presença dos ácaros foi averiguada em cada uma delas, medidas de largura e comprimento dos ácaros também foram realizadas. Resultados – A prevalência média de V. destructor foi de 1,74%, variando entre 0 e 5,75% por colmeia, não sendo detectada diferença significativa entre as estações seca e chuvosa. A largura dos indivíduos variou de 1,56 a 1,77mm, com média geral de 1,69±0,04mm e o comprimento variou de 1,06 a 1,22mm com média de 1,14±0,03mm, não houve variação sazonal significativa em nenhuma das duas medidas. Conclusão – Os níveis de infestação encontram-se abaixo dos considerados preocupantes para apicultura. A inexistência de variação sazonal no tamanho dos indivíduos e na prevalência de V. destructor deve-se, provavelmente, ao fato de A. mellifera manter as condições ambientais constantes dentro das colmeias ao longo do ano.