A Excelência no Controle do Processo Produtivo com Foco no Conhecimento e Qualidade: Estudo de Caso da Siderurgia Brasileira

Resumo

O setor siderúrgico foi um dos pioneiros a aderir ao Movimento pela Qualidade no Brasil no final dos anos de 1980, pois parte significativa de suas receitas era oriunda da exportação. O modelo de gestão pela qualidade foi fortemente influenciado pelos japoneses, por meio de assessoria técnica na fabricação de aço. A indústria siderúrgica necessita de volumosos investimentos para a sua atualização tecnológica, o que exige um elevado nível de capacitação de seus operadores. Em outras palavras, é necessário haver capital humano capaz de produzir, de forma segura e responsável, um laminado que conquiste a preferência dos clientes, a um custo inferior ao dos concorrentes, principalmente em relação aos laminados importados. Com base em quatro modelos de Gestão do Conhecimento – modelo SECI de Nonaka e Takeuchi, modelo Cynefin de Snowden, modelo das Cinco Disciplinas de Senge e modelo das Sete Dimensões de Terra – e com o suporte dos Princípios da Gestão do Conhecimento estabelecidos por Davenport e Prusak e dos indicadores de refinamento da Gestão do Conhecimento provenientes dos Critérios da Excelência da Gestão, foi desenvolvido um Modelo de Desenvolvimento de Competências. Para validar esse modelo, foi realizada uma pesquisa de campo junto à governança representativa do setor siderúrgico nacional, que, além de ratificá-lo, validou a hipótese do presente trabalho de que a certificação de competências com base em saberes do setor siderúrgico, estabelecidos em normas técnicas ou descritos em manuais de orientação, garante segurança nas operações produtivas e contribui positivamente para a fabricação de produtos de qualidade, confiabilidade e competitividade.