Análise da acurácia volumétrica entre dois tipos de escaneamentos faciais 3D para confecção de proteses maxilofaciais

Resumo

O objetivo deste estudo foi realizar análises volumétricas por meio da comparação entre dois sistemas de escaneamento facial 3D, utilizando os métodos de fotogrametria monoscópica atráves do método Mais Identidade® (Instituto Mais Identidade, São Paulo – Brasil) e estereofotogrametria por meio da cabine Cloner® (dOne 3D, São Paulo – Brasil).
Os sistemas de digitalização facial foram concebidos como instrumentos auxiliares para diagnóstico e planejamento em cirurgias maxilofaciais; contudo, há escassa compreensão sobre as conclusões e confiabilidade desses métodos, programas de software e aplicativos para digitalização facial.
Material e métodos: A face de uma voluntária foi utilizada como modelo principal dos escaneamentos, fotogrametrias e tomada tomográfica, sendo obtida por meio de três diferentes métodos de digitalização facial para formação dos grupos experimentais: tomografia volumétrica 3D (Veraview X800® – J. Morita corporation – Japão), fotogrametria monoscópica Mais Identidade® (Instituto Mais Identidade, São Paulo – Brasil) e estereofotogrametria Cloner® (dOne 3D, São Paulo – Brasil). Em ambos os métodos, a captura de imagem ocorreu em condições idênticas de temperatura e iluminação artificial previamente calibrada pelo aplicativo Light Meter LM-3000® (Lightray Innovation GmbH – Alemanha). Para a realização da fotogrametria foi utilizado: um smartphone iPhone 11 Pro® (Apple Inc.); para a esteoreofotgrametria facial foi utilizada a cabine Cloner® (dOne 3D, São Paulo – Brasil).
Os pontos faciais foram selecionados de acordo com a literatura científica disponível em relação à face voluntária e sobrepostos por meio do OrtogOnblender® (Cicero Morais, Rodrigo Dornelles, Everton da Rosa – Brasil – 2021) um Add on do software Blender® (General Public License – GPL). Foi possível comparar a volumetria desses dois tipos de escaneamento facial em relação à volumetria obtida por meio do exame tomográfico realizado. Foram realizadas sobreposições das malhas geradas em seus respectivos grupos experimentais, e as medidas foram exportadas para o software Cloud X®. Os resultados da análise volumétrica demonstraram diferença significativa entre os grupos (p<0,0001), após comparação das malhas 3D adquiridas através da fotogrametria monoscópica Mais Identidade® (Instituto Mais Identidade, São Paulo – Brasil) com as malhas 3D adquiridas através da estereofotogrametria cabine de escaneamento Cloner® (dOne 3D, São Paulo – Brasil). Concluiu-se que a fotogrametria monoscópica possui a característica de ser uma técnica portátil, que quando dominada oferece valores com tendência maior ao zero, indicando mais veracidade nos dados que a estereofotogrametria pela Cloner. Ao mesmo tempo, A Estereofotogrametria da Cloner possui valores médios que tendem a variar em uma faixa mais estreita, indicando mais precisão nos dados, que a fotogrametria monoscópica.