Amar e contar com o outro: aprendendo a construir vínculos
Anexos
Informações
Título
Amar e contar com o outro: aprendendo a construir vínculos
Título (EN)
Amar e contar com o outro: aprendendo a construir vínculos
Autor(es)
Lilian Cláudia Ulian Junqueira
Instituição
Universidade Paulista
Tipo
Artigo
Publicado em
Revista Amarello Cultura em Brasileiro
Edição : Tempo Vivido
Editora convidada: Dra Ana Cláudia Quintana Arantes
Ano XIV - Primavera 2023
Resumo (EN)
Em uma época em que o "novo" é frequentemente confundido com o "melhor" e os mais novos são mais valorizados do que aqueles com mais acúmulo de vida, o tempo vivido, aquilo que temos de tão precioso, passa a não valer muito. Esta edição especial vem a combater o Etarismo como cultura presente em nossa cultura, permitindo um olhar transparente sobre o envelhecimento, reconhecendo o preconceito contra a própria vida, gerado pela cultura do descarte e da invisibilidade do idoso. A pessoa que envelhece se percebe numa solitária jornada de responsabilidade e poder refletir sobre esta etapa da vida enquanto ocorre diversos enfrentamentos de seus ciclos de vida somado às adversidades decorrentes da passagem natural do tempo, da qual, não é problematizada em nossa sociedade de produção e consumo.
Resumo
Num dia você é jovem, está produtivo, tem sonhos e projetos de vida na pauta de sua agenda semanal e já no outro você descobre da maneira mais estranha que seus assuntos sociais versam sobre: morte de familiares queridos, morte de pessoas da mídia, adoecimentos e tratamentos de saúde e suas variedades de medicações de última tecnologia para tratamentos de saúde e suplementação para uma manutenção de um corpo saudável, na tentativa de mantê-lo afastado dos adoecimentos e suas dores do viver neste corpo.
O tempo atual tem passado de maneira veloz e não estamos conseguindo processar e elaborar mudanças integradas de corpo, mente e espírito. As dimensões do tempo vivido tem sido borradas de um passado que se tenta resgatar de modo compulsivo a função de cumprir um prescritivo de vida jovem e produtiva, desconsiderando as passagens do tempo inevitáveis a todo corpo humano. Por mais que a biotecnologia se esforce e as condições econômicas favoreçam o ser humano avançar no envelhecimento ativo e saudável, uma verdade é nua: se quer viver e viver de fato é muito bom, o preço a se viver é o envelhe-SER deste templo chamado corpo e que caiu no esquecimento moderno a medida de que um dia foi ser humano. O fato é que a conta não fecha, o ser humano está desumanizando nossa condição mais humana: a vulnerabilidade, aquilo que não estamos contando do inesperado.
Vivemos em um mundo da modernidade líquida como já havia apontado Bauman, sociólogo, idealizador da obra “Amor líquido” e tantas outras que versam sobre o capitalismo do corpo e do tempo como esferas do ser humano feitas para consumir o bem-estar imediato de seu tempo em sua prateleira de ofertas de serviços, pessoas e conforto para suas realizações humanas em muitas possibilidades de escolha e satisfação imeditada. A dopaminda gerada a cada" like" de aprovação externa nas redes sociais se tornou o maior reforçador da Existência humana e sua visibilidade social.
Em tempos idos, em que a racionalidade predominava como o paradigma de um plano diretor da Existência, a máxima ideológica era: “penso, logo existo”. Esta premissa migrou um pouco para “posto, logo existo” e gerou uma compulsão pela criação de perfis nas redes sociais como validação de uma Existência humana ativa e interessante, reconhecida por meio de produção de conteúdos e imagens que emocionam e conectam pessoas por meio do afeto gerado pela identificação. Nasce, então, uma rede social virtual que predomina em todas as classes sociais, com uma diversidade humana conectada por nichos de interesse, configurando-se uma rede de apoio e criando-se vínculos baseados em laços profissionais, de amizades e de relacionamentos íntimos.
Palavras-chave
Etarismo, envelhecimento, vínculo
Fonte/doi
2228 4332 46
Direito de Acesso
Acesso restrito
Financiamento
Amarello - Revista de Difusão Cultural