Pré-natal de mulheres adolescentes: uma revisão integrativa de literatura

Resumo

Introdução: A gestação na adolescência tem sido cada vez mais precoce, tornando-se uma preocupação para saúde pública, em decorrência das desistências da vida escolar, abortos provocados, maus relacionamentos com os familiares e com o pai da futura criança. O pré-natal visa o acompanhamento destas jovens a fim de lhes ofertar apoio e conhecimento sobre a nova fase em que estão objetivando uma gestação tranquila e saudável, bem como o parto. Objetivos: Identificar os fatores sociais, econômicos e culturais que influenciam a adesão ao pré-natal por parte das gestantes adolescentes; Relatar as atribuições do enfermeiro no pré- natal em adolescentes;. Metodologia: Revisão integrativa de literatura, apresentando uma pesquisa quantitativa, nas bases de dados do Ministério da Saúde, SciELO, projetos técnicos científicos, e a utilização do Google Acadêmico publicados entre 2019 e 2024. Resultados: Foram destacadas as regiões do Brasil com suas respectivas taxas de gestação juvenil desde 2019, bem como a distribuição de aceitabilidade no pré- natal, nos últimos 5 (cinco) anos. Discussão: No Brasil, a gravidez na adolescência é mais comum em regiões vulneráveis e afeta em sua maioria jovens de baixa renda. Apesar dos progressos as taxas de gravidez precoce no País ainda permanecem altas. A falta de apoio familiar, barreiras no acesso aos serviços de saúde e casos de abuso sexual são fatores que agravam a situação desses jovens. O papel do enfermeiro é fundamental para fornecer acolhimento, orientar sobre prevenção e cuidados, e adaptar o atendimento garantindo um pré-natal de qualidade e incentivo à participação ativa de adolescentes nas consultas. Conclusão: A importância do acompanhamento pré-natal para adolescentes, impacta na evolução de uma gestação saudável para mãe e bebê. O enfermeiro tem um papel crucial no cuidado pré-natal de adolescentes, sendo responsável por promover um atendimento humanizado e adequado às necessidades específicas dessa fase. Atuando na orientação e prevenção de complicações, bem como, no acolhimento, encorajando as jovens a aderirem ao acompanhamento, no entanto, as barreiras sociais e culturais limitam o acesso de muitas jovens a esse cuidado.