Os desafios vivenciados pela criança com diabetes mellitus tipo 1 e por sua família: revisão da literatura

Resumo

Introdução: O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) é uma condição crônica comum na infância, causada pela destruição das células beta pancreáticas, exigindo reposição de insulina. O diagnóstico muitas vezes é tardio, aumentando o risco de complicações. O tratamento impacta o cotidiano da criança e da família, envolvendo mudanças significativas no estilo de vida. Aspectos socioeconômicos influenciam no tratamento e na qualidade de vida. O cuidado de enfermagem enfatiza a educação e o controle glicêmico, visando melhorar a adesão ao tratamento. Objetivos: Revisar a literatura acerca dos desafios de ter Diabetes Mellitus Tipo 1, na perspectiva da criança e de seus pais. Metodologia: Revisão integrativa da literatura que busca identificar os desafios de crianças com DM1 e seus familiares. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com artigos publicados entre 2019 e 2024, em português do Brasil. Os dados foram organizados e apresentados de forma descritiva, utilizando tabelas e gráficos para facilitar a compreensão dos resultados. Resultados: Os resultados desta revisão da literatura, baseada na análise de 12 artigos, destacaram os principais desafios enfrentados por crianças com DM1 e seus pais, bem como a atuação do enfermeiro. Os artigos foram predominantemente publicados em 2019, representando 42%. Entre os desafios vivenciados pelas crianças, destacam-se a baixa renda familiar e mudança na rotina (41,6%), dor aos procedimentos e isolamento social (25%). Para os pais/cuidadores, os principais desafios incluíram a baixa renda familiar (45,5%), mudança na rotina (36,4%) e sobrecarga do cuidador principal (27,3%). Na atuação no enfermeiro, foram mencionados nos artigos a educação em diabetes (44,4%) e promover o autocuidado (33,3%). Discussão: A discussão evidenciou os desafios significativos vivenciados pelas crianças com DM1 e suas famílias, destacando a importância da intervenção do enfermeiro para minimizar essas dificuldades. Conclusão: A conclusão reafirma que a atuação da enfermagem, focada na educação em saúde e no apoio emocional, é crucial para a promoção do autocuidado e para o suporte contínuo às famílias.