Medicalização e biopoder na modernidade: influências na clínica psicológica
Autor(es)
Ana Carolina Bonfim Marques | Bárbara Luize Bonilha | Beatriz Batalha | Felipe Campos Silva Pinheiro | Matheus Santiago de Moraes | Nicolas de Albuquerque Santos | Victória Correia Mota
Orientador(a)
Thaís Regina Zamboni Ribeiro
Resumo
Este trabalho de conclusão de curso investigou a influência do biopoder e da medicalização na prática psicológica contemporânea, propondo uma análise crítica sobre os efeitos dessas forças na clínica e no comportamento humano. O conceito de biopoder, introduzido por Michel Foucault, foi explorado para demonstrar como as práticas estatais e médicas controlam os corpos e populações, e como a medicalização, por sua vez, transforma questões sociais e culturais em problemas médicos. A pesquisa discute como a medicalização se insere na vida cotidiana, convertendo experiências humanas normais, como envelhecimento e adolescência, em questões patológicas, e a forma como isso impacta a prática psicológica. Foi realizada uma busca por artigos relacionados ao tema em plataformas especializadas publicados entre 2006 e 2023, sendo selecionados 19 que correspondiam aos objetivos do presente trabalho para a confecção da discussão. Com base em literatura especializada, a pesquisa examinou a origem histórica da clínica psicológica no contexto médico e as consequências dessa medicalização para a saúde mental, destacando a importância de abordagens alternativas e não medicalizantes na psicologia. Além disso, buscou-se refletir sobre a postura ética dos profissionais de saúde ao lidar com os efeitos do biopoder e da medicalização no tratamento dos pacientes, propondo práticas que considerem o ser humano de maneira integrada, e argumentando sobre a necessidade de uma abordagem psicológica que vá além do corpo físico, integrando elementos sociais e psicológicos no tratamento dos pacientes.
Palavras-chave
Psicologia clínica | Biopoder | Medicalização | Controle social