Como o acesso às telas tem influenciado recém-nascidos e a primeira infância

Resumo

Este estudo tem como objetivo compreender como o uso das telas pode influenciar o desenvolvimento cognitivo e social das crianças, além de investigar as diferentes consequências no comportamento entre as crianças e os pais. Considerando os objetivos desta pesquisa e com base nos estudos da Academia Americana de Pediatria (AAP), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso excessivo de telas pode prejudicar o desenvolvimento social e cognitivo infantil. Em contrapartida, quando supervisionado pelos pais e com conteúdos adequados, o uso das telas pode contribuir positivamente para o desenvolvimento. Este trabalho, aprovado pelo Comitê de Ética (nº 6.747.913), é de natureza qualitativa e foi realizado em campo por meio de um questionário online, sem obrigatoriedade de resposta, composto por perguntas fechadas e abertas. O questionário foi direcionado a pais maiores de 18 anos que têm filhos de até 7 anos. Foram coletadas respostas de 16 crianças, possivelmente divididas em grupos conforme o tipo de uso das telas: ativo e passivo. Ressaltando a importância das interações sociais para o desenvolvimento infantil, esperava-se que o uso passivo das telas tivesse maior impacto negativo no desenvolvimento social e cognitivo. Observou-se que os efeitos negativos se manifestaram principalmente em comportamentos socialmente adversos. Concluiu-se que a exposição às telas gera resultados variados, influenciando de maneira distinta o desenvolvimento cognitivo, social e comportamental das crianças, dependendo se o uso é ativo ou passivo. Este estudo oferece uma base para incentivar o envolvimento ativo dos pais no desenvolvimento das crianças, promovendo a transição do uso passivo para o ativo e contribuindo para o desenvolvimento das próximas gerações. Torna-se necessária uma reeducação dos pais para garantir que o uso das telas seja saudável e não prejudique o crescimento infantil. A amostra de participantes foi pequena, abrindo espaço para a continuidade de pesquisas sobre a influência das telas nas crianças.