Avaliação do perfil epidemiológico de vítimas de traumatismo cranioencefálico: causas e possíveis comprometimentos neurológicos

Resumo

O traumatismo cranioencefálico foi definido como qualquer traumatismo causado por uma força física externa que causou danos anatômico e/ou disfunção do couro cabeludo, crânio, meninges, cérebro ou vasos sanguíneos. As principais lesões ocasionadas foram as difusas, focais, concussões, contusões, hematomas subdurais agudos, hemorragia subaracnóidea e o hematoma epidural. A partir disso, o trabalho teve o objetivo de identificar na literatura as evidências disponíveis sobre o perfil epidemiológico de vítimas de traumatismo cranioencefálico, levantando as principais causas e comprometimentos neurológicos. Trata-se de uma revisão narrativa, e as buscas foram realizadas nas bases de dados: Literatura da América Latina e do Caribe e US National Library of Medicine, e na biblioteca virtual SciELO. Foram selecionados estudos publicados entre os anos de 2014 a 2023, em português, inglês e espanhol, e foram avaliados aqueles que abordaram a temática proposta e elucidaram os impactos das lesões decorrentes de traumatismo cranioencefálico. Foram encontrados 24 artigos como potenciais fontes de informação para o trabalho, no entanto, após uma análise criteriosa, 20 deles foram excluídos, pois não se enquadravam no escopo do trabalho, logo, apenas 4 artigos compuseram a amostra final. A partir da análise, percebeu-se que a ocorrência de TCE é mais comum em indivíduos jovens, especialmente na faixa etária de 20 a 40 anos, frequentemente afetados por acidentes de trânsito, quedas e agressões. Observa-se também uma predominância masculina, com taxas significativamente mais altas em homens, o que pode ser atribuído a comportamentos de risco. As principais causas incluem acidentes de trânsito (envolvendo carros, motos e bicicletas), quedas (especialmente em idosos), agressões físicas e violência, além de acidentes esportivos. Entre os principais comprometimentos neurológicos decorrentes do TCE estão déficits cognitivos, prejuízos nas funções executivas e emocionais e dificuldades de memória e concentração.