A arte como resistência às práticas manicomiais
Documento
Informações
Título
A arte como resistência às práticas manicomiais
Autor(es)
Jonas G. Baldo Santos | Juliana T. de Campos Santana | Maria E. de Campos Tavares | Thaíssa de Souza Peghim
Orientador(a)
Amilton José da Silva Júnior
Coorientador(a)
Rosana Maria Garcia
Resumo
O presente trabalho está pautado nos pressupostos da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial com o intuito de compreender o histórico e a perpetuação das práticas manicomiais, tais como o isolamento e a exclusão social, no campo da saúde mental. Historicamente, o modelo asilar foi marcado por práticas de segregação e isolamento, tratando as pessoas com transtornos mentais como perigosas e desviantes. Em resposta, movimentos como a Reforma Psiquiátrica e a Luta Antimanicomial surgem com o propósito de desconstruir essa abordagem. No âmbito dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), as oficinas terapêuticas constituem-se como dispositivos fundamentais, baseados no cuidado territorial, buscando promover a autonomia e integração dos usuários a seus grupos familiares e comunidade.
A pesquisa investiga o papel que a arte desempenha enquanto dispositivo de resistência e transformação, com ênfase nas práticas realizadas nos CAPS e sua oposição à lógica manicomial. Por meio da participação em oficinas terapêuticas, o estudo busca compreender de que maneiras o ambiente artístico possibilita formas alternativas de expressão e interação social para os usuários, promovendo um cuidado pautado na inclusão, autonomia e na construção de vínculos, tendo as práticas artísticas como mediadoras de uma experiência mais humanizada de atenção à saúde mental.
Dessa forma, a metodologia adotada para a realização da pesquisa é qualitativa, por meio de um trabalho de campo, e guiada pela pesquisa-ação, realizada nas Oficinas Terapêuticas de dois CAPS. Essa abordagem viabiliza compreender de forma mais profunda o impacto das práticas artísticas e culturais na vida dos usuários, evidenciando o papel transformador das Oficinas Terapêuticas no fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e destacando o CAPS como um espaço estratégico na promoção de um modelo de saúde mental comunitário e emancipatório.
Palavras-chave
Arte | Oficinas terapêuticas | CAPS | Reforma psiquiátrica | Luta antimanicomial
Área de Concentração
Psicologia social
Data de Defesa
26/11/2024
Local/Campus
São José do Rio Preto
Curso
Psicologia
Direito de Acesso
Acesso Aberto