Resumo (PT)
O Brasil possui a maior diversidade biológica terrestre e a maior parte das espécies vegetais presentes na Amazônia e na Mata Atlântica não são conhecidas do ponto de vista farmacológico, biológico, toxicológico e químico. Por esse motivo, programas de triagem em grande escala de extratos vegetais obtidos de plantas brasileiras têm sido implementados, entre eles, o do Núcleo de Pesquisas em Biodiversidade da UNIP, em função da necessidade de se introduzir novos agentes antibacterianos no mercado, em particular que possam ser utilizados em medicamentos de uso veterinário. Dos diversos micro-organismos constantemente estudados, encontra-se Escherichia coli, que se destaca por se tratar de uma bactéria Gram negativa cotidianamente presente na maioria dos animais de sangue quente, incluindo humanos, animais de companhia e de produção, por fazer parte de sua microbiota intestinal. Por consequência, algumas cepas patogênicas têm gerado preocupação na saúde pública e na produção animal, gerando prejuízos econômicos na suinocultura, avicultura e pecuária. O primeiro manuscrito apresentado neste trabalho oferece uma visão geral do impacto de E. coli em animais de produção e traz à luz a iminente importância dos produtos naturais como alternativa terapêutica.
Considerando os fatos expostos nesse estudo, fica evidente a importância de se pesquisar novos antibióticos; por isso, o segundo manuscrito, aprovado para ser publicado no jornal “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (Qualis A2) e financiado pela FAPESP (2010/09694-7), relata a triagem de mais de 1.700 extratos vegetais orgânicos e aquosos da Extratoteca UNIP contra uma cepa de E. coli.
O último manuscrito apresentado neste trabalho relata o estudo químico biodirecionado de um dos quatro extratos selecionados, cujos resultados encontram-se no segundo manuscrito.