Resumo (PT)
O objetivo do presente estudo foi avaliar a citotoxicidade de adesivos solvatados e não solvatados com diferentes concentrações de 2-hidroxietil-metacrilato (HEMA) sobre células da polpa dental humana. Para este fim, células foram isoladas da polpa dental de terceiros molares humanos hígidos. Sistemas adesivos experimentais, contendo ou não solvente (etanol 10%), foram manipulados com diferentes concentrações de HEMA (0%; 10%; 20%). As células pulpares foram semeadas em placas de 6 poços e incubadas em estufa a 37°C e 5% CO2. Corpos-de-prova cilíndricos (5 mm de diâmetro, 1 mm de espessura) foram confeccionados e mantidos em contato com meio de cultura por 24 h. Após isso, o extrato obtido (meio de cultura + produtos liberados pelo sistema adesivo) foi aplicado sobre as células e mantido por um período de 6 h. Decorrido este período, o extrato foi removido, novo meio aplicado e após períodos de 12 e 24 h foi realizada a análise da viabilidade celular, utilizando o reagente metiltetrazolium (MTT) e a analisada a liberação de citocinas pelas células. Os dados foram analisados estatisticamente pela Análise de Variância a um critério (α=0,05). Adesivos contendo HEMA tiveram toxicidade maior do que aqueles sem o monômero. No entanto, os adesivos contendo solvente reduziram significativamente a viabilidade das células pulpares nos dois períodos avaliados. A exposição aos adesivos aumentou a liberação de IL-6, IL-10 e TNF- α. Pode-se concluir que os adesivos experimentais simplificados avaliados que continham solvente foram mais tóxicos às células pulpares, e que a exposição aos agentes testados pode modular a liberação de citocinas inflamatórias por estas células.