Resumo (PT)
O objetivo deste estudo foi comparar prospectivamente o comportamento do processo de reparo ósseo ao redor de implantes instalados com diferentes torques. Foram selecionados 18 pacientes desdentados totais mandibulares, os quais receberam cinco implantes para instalação de prótese imediata do tipo protocolo fixa, sendo os implantes localizados entre o implante central e o mais distal de ambos os lados divididos entre os grupos teste (torque entre 15 e 30N) e controle (torque entre 30 e 60N). Após 7, 15, 30 e 120 dias foram realizadas coletas do fluido peri-implantar para avaliação dos níveis de marcadores relacionados a osteoclasto/blastogênese, sendo eles Fator de crescimento endotelial e vascular (VEGF), Fator de crescimento de placenta (PLGF), BMP- 9 (proteína óssea morfogenética-9), Periostin (POSTIN), Osteoprotegerina (OPG) e TRAP (fosfatase ácida resistente ao tartarato). Os resultados imunoenzimáticos relacionados à osteoblastogênese (VEGF, PLGF, BMP-9, POSTIN e OPG) demonstraram maiores concentrações em curto prazo no grupo teste, observando diferença estatística entre os tempos em até 30 dias (p<0.05). No tempo de 120 dias, foi possível observar maiores concentrações de PLGF, BMP-9 e POSTIN no grupo controle (p<0.05). O mediador osteoclástico TRAP foi demonstrado em menor concentração no grupo teste em todos os tempos avaliados (p<0.05). O estudo permitiu concluir que o torque promoveu uma modulação dos mediadores imunoenzimáticos osteoblásticos e osteoclástico avaliados.