Resumo (PT)
Objetivo: Realizar uma Revisão Sistemática para testar a hipótese de haver diferença no ganho ósseo em aumento do assoalho do seio maxilar, com o uso de enxerto autógeno (AB), bovino (BB) ou a mistura entre eles (ABB). Material e Método: Busca realizada com descritores MeSH Bone Loss, Bone Substitutes, Sinus Floor Augmentation e suas variações nas bases de dados PUBMED, BVS, LILACS, COCHRANE, SCIENCE DIRECT e SCIELO em português, inglês e espanhol até março de 2021. A definição do acrônimo PICO, com trabalhos voltados para pacientes submetidos a MSFA, com a mistura ABB, comparados com enxerto autógeno ou bovino, avaliado a proporção de osso neoformado no período de 4-6 meses, forneceu 643 títulos e 7 preencheram os critérios de inclusão. Resultados: Grandes variações nos estudos dificultaram a comparação entre os artigos por não haver um consenso metodológico, interferindo nos níveis de evidência. Os resultados metanalíticos demonstraram que os grupos não apresentaram diferença no ganho ósseo no tempo de 4 - 6 meses (z= 1,7; p=0,09) (Z=-0,34 p=0,74). A diferença de ganho ósseo padronizada entre os grupos é próxima de 0. A análise histomorfométrica, antes da instalação dos implantes, sugere que a adição de uma quantidade de osso autógeno ao bovino parece não aumentar a quantidade de formação de osso novo, quando comparados ao osso autógeno ou bovino separadamente Conclusão: A hipótese de haver diferença no ganho ósseo com enxerto ósseo autógeno, xenógenos ou a mistura entre os dois não pôde ser confirmada com clareza. Existe a necessidade de mais trabalhos com uma metodologia padronizada para que conclusões possam ser feitas.
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.