Resumo (PT)
As exodontias são certamente um dos procedimentos mais realizados na Odontologia. Contudo, para os pacientes com HIV/AIDS, o processo de reparação tecidual pode ser prejudicado devido a fatores como: manifestações orais de doenças oportunistas, contagem dos linfócitos T CD4, carga viral e a HAART. Além disso, é importante considerar que a interação de medicamentos com a terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) pode gerar efeitos adversos graves a moderados em pacientes que vivem com HIV (PVHIV/Aids). Isso é especialmente relevante para os fármacos frequentemente prescritos para tratar infecções, controlar a inflamação e aliviar a dor no período pós-operatório. A Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos (L-PRF) consiste em uma matriz autóloga composta de estrutura molecular com citocinas e plaquetas. Ela é capaz de liberar fatores de crescimento continuamente em 1 a 4 semanas, estimulando a cicatrização de feridas e reparação tecidual. Tem propriedades imunológicas, antimicrobianas e possui citocinas que podem induzir angiogênese e respostas pró anti-inflamatórias e pró endo-vascularização de tecidos. Considerando as vantagens da utilização do L-PRF no processo de reparação tecidual nas feridas cirúrgicas, o objetivo deste trabalho é avaliar e comparar os efeitos clínicos da Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos (PRF) imediatamente após exodontias em PVHIV/Aids e pacientes que não sabidamente vivem com HIV. Dentro das limitações do estudo, o uso se mostrou vantajoso como conduta coadjuvante na prática clínica de cirurgias de exodontias em âmbito ambulatorial, no que se diz respeito à controle de dor/algia e controle inflamatório.