Resumo (PT)
A dissipação das tensões aplicadas nos implantes dentários ocorre principalmente na interface osso/implante, estando diretamente relacionada com a densidade óssea da região e profundidade de instalação. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi avaliar, por meio do Método de Elementos Finitos, o comportamento biomecânico de implantes cone morse de diâmetro reduzido (3,5 mm), instalados em diferentes densidades ósseas e diferentes profundidades. Foram criados 16 modelos tridimensionais de elementos finitos tetraédricos (Solidworks® 2020) compostos por osso cortical, osso medular, implante cone morse, intermediário protético e coroa protética unitária de incisivo central superior. Uma força oblíqua (30º em sentido vestibular) de 150 N foi aplicada para avaliar a dissipação de tensões periimplantares em quatro densidades ósseas (D1, D2, D3 e D4) e quatro profundidades (0, 1, 2 e 3 mm) (Ansys Workbench® 19.0). As interfaces foram consideradas completamente aderidas, exceto entre o implante e o osso (coeficiente de atrito = 0,3). Todos os materiais foram considerados lineares, elásticos e isotrópicos. Após uma análise não-linear, foram registradas as tensões máxima e mínima principal, deformação máxima principal e razão de Mohr-Coulomb. Foram registradas a Tensão Máxima e Mínima Principal, Deformação Máxima Principal e Análise de Mohr-Coulomb. Os resultados revelaram um padrão de distribuição das forças aplicadas, com evidência para a importância do osso cortical na distribuição das tensões, visto que concentrações menores foram encontradas em posicionamentos mais superficiais. Concluiu-se que áreas com osso de menor densidade devem ter atenção especial quanto ao posicionamento do implante em nível de crista, com vistas ao efeito protetor da cortical óssea.