Resumo (PT)
Defeitos maxilares podem ser originados por malformações congênitas, traumas ou em decorrência de patologias (neoplasias benignas e malignas) ou distúrbios de desenvolvimento e acarretam grande impacto psicológico e dificuldade na reabilitação. Os defeitos intraorais que ocorrem na região de maxila acarretam uma comunicação entre o seio maxilar e a nasofaringe, que pode ser muito pequena ou estender-se para parte do palato duro e mole, rebordo alveolar, e cavidade nasal. As técnicas reabilitadoras incluem próteses obturadoras, enxertos vascularizados ou não, retalhos locais, regionais e a colocação de implantes osseointegrados. Em doze pacientes portadores de neoplasias malignas e benignas que sofreram ressecção de maxila, irradiados com doses variando de 40 a 70 Gy, foram instalados 54 implantes osseointegrados de titânio por um mesmo grupo de pesquisa no período de 1995 a 2008 e os resultados clínicos obtidos foram avaliados. Onze pacientes portadores de neoplasias malignas e um de benigna. Em quatro pacientes foi realizada reconstrução cirúrgica com enxerto. Os implantes osseointegrados possibilitaram meios de retenção e suporte para a confecção de cinco sobredentaduras, cinco próteses fixas e duas próteses parciais fixas, reabilitando os pacientes. O acompanhamento clínico foi de, no mínimo, um e, no máximo, 13 anos.