Resumo (PT)
Este trabalho apresenta os resultados obtidos na comparação de sistemas de tratamentos de efluente domiciliar pela contabilidade emergética. Foram comparados dois sistemas: o primeiro utiliza um sistema de Biodigestão instalado na Comunidade Independência em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, e o segundo opera com sistema de Lodo Ativado na Estação de Tratamento de Efluente – Campo Galvão, na cidade de Guaratinguetá, Estado de São Paulo. Os indicadores utilizados foram divididos em quatro grupos. No primeiro grupo estão os indicadores tradicionais propostos por ODUM (1996); no segundo, os indicadores de desempenho, específicos para avaliar tratamentos de esgoto. No terceiro e quarto grupos, avaliou-se os dois sistemas com o emprego de indicadores que estabelecem uma relação entre a emergia e a Pegada Ecológica. Nestes dois últimos grupos, foi possível não só comparar o uso de recursos pelos dois sistemas de tratamento de esgoto, mas também avaliar o alcance deste tipo de indicador. Da análise dos indicadores do primeiro grupo, que considera a renovabilidade da mão de obra e da eletricidade no Brasil, conclui-se que o sistema biodigestão utiliza melhor os recursos de entrada e que seu desempenho é ambientalmente superior. Os indicadores de desempenho para sistemas de tratamento de esgoto indicam que o sistema de biodigestão é mais eficiente que o de Iodo Ativado para reduzir a mesma quantidade de DBO. Os indicadores do terceiro e quarto grupos mostraram que a Pegada Ecológica do sistema de Iodo Ativado é 400 vezes maior que a do Biodigestor para cada m de esgoto tratado.