Resumo (PT)
A dissertação discute aspectos da comunicação e do imaginário em torno de uma determinada leitura da história da cartografia, em que se observa um crescente sentido de objetivação técnica, o que na modernidade parecerá apagar ou degradar os sentidos do imaginário. Do imaginário, entretanto – a que nos reportaremos muitas vezes como território do simbólico, cujos laços de significação podem caminhar das ideias claras e distintas a regiões mais complexas e profundas da existência humana –, tentaremos mostrar que permanecerá nos mapas contemporâneos, mesmo sob a aparência de exatidão e de objetividade tecnológica a que nos acostumamos, se não desde o final do Renascimento, mais intensamente no último século. A pesquisa, estruturada como bibliográfica, iconográfica e exploratória, tomará referência em autores da Geografia e da Comunicação, em relação com a Antropologia, com a Filosofia, por exemplo, sobretudo em função de sua proximidade com nosso objeto e nossa abordagem, entre os quais Edgar Morin, Paul Virilio, John Brian Harley, Mircea Eliade, Norval Baitello Jr., Muniz Sodré.