Resumo (PT)
Esta dissertação abordou o tratamento dado pelos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo à temática do trabalho análogo ao escravo. O problema que orientou a pesquisa foi a abordagem dos jornais sobre o trabalho escravo em 2014, ano da aprovação do Projeto de Emenda Constitucional a respeito desse problema. A hipótese considerada foi a existência de uma postura sem neutralidade sobre o tratamento exploratório do ser humano dado pelos jornais. Esta dissertação discorre, ainda: sobre a influência da mídia sobre o homem na sociedade pós-moderna; a existência da sociedade do controle que influencia o comportamento do consumidor; a existência de um poder superior aos Estados-nação, poder este que enfraquece sua atuação na proteção dos direitos do trabalhador. No corpus levantado, houve a identificação de temas recorrentes, bem como foram analisadas as intencionalidades de cada um dos jornais, com base no discurso adotado. Foi utilizada a metodologia de Laurence Bardin e os conceitos de Michel Foucault sobre as modalidades enunciativas. Nas considerações finais, entendeu-se haver uma postura parcial dos jornais, os quais protegem os interesses de empresas, sem ter uma postura crítica, não relacionando a exploração de trabalhadores com a dinâmica da globalização.