Resumo (PT)
Dentre as atividades da aquicultura, a piscicultura tem se destacado, principalmente, no estado de Rondônia, que vem liderando a produção de peixes de água doce, produzindo 80 mil toneladas no ano de 2015, com crescimento exponencial nos últimos anos anteriores. Em 2019, a produção anual reduziu para 49 mil toneladas, demonstrando a necessidade de haver maior compreensão da cadeia de suprimentos da piscicultura, em especial, a do Vale do Jamari-RO, no que diz respeito a seus agentes, produtores, empresas, governo, entre outros. Considerando o exposto, o presente trabalho discutiu sobre a cadeia de suprimentos do pescado no Vale do Jamari-RO, entendendo os papéis das organizações envolvidas nessa relação. Para tanto, utilizou um estudo de caso, a fim de compreender a referida cadeia. Foi possível identificar diversos agentes inseridos, bem como os produtos e serviços introduzidos por eles na CS. Foram, ainda, analisados oito processos de negócio, conforme Lambert, de modo a constatar que alguns deles adequam-se mais a esse modelo de CS, enquanto outros se tornam mais improváveis de ocorrer, em razão da perecibilidade do pescado, que dá vida curta ao produto, quando ocorre a despesca. Verificaram-se questões envolvendo a Gestão Colaborativa nos aspectos confiança, comprometimento, poder e coesão. Portanto, as peculiaridades da CS da piscicultura do Vale do Jamari-RO demonstram que os oito processos não estão claros, pois um pescado in natura tem um ciclo de até 15 dias desde o início da despesca e estar sendo consumido pelos agentes finais desta CS é muito célere. Assim, tanto os processos de fluxo de produção e serviço ao cliente, quanto a gestão de retornos, após a despesca, tornam-se difíceis de acontecer.