Resumo (PT)
Protocolos para descontaminação da superfície de implante menos invasivos e que não alterem sua superfície têm sido pesquisados. Este estudo avaliou microbiologicamente a descontaminação da superfície maquinada de discos de titânio (DT) após diferentes tratamentos. 56 DT foram contaminados com 10 ul da suspensão de células de Streptococcus sanguinis (Ss), divididos aleatoriamente em grupos: 1) DT contaminados com Ss (DTSs); 2) DTSs irrigados com 10 ml da solução de soro fisiológico; 3) DTSs irrigados com 10 ml de enxaguatório digluconato de clorexidina a 0,2%; 4) DTSs irrigados com 10ml do enxaguatório aloe vera; 5) DTSs tratados com fotossensibilizador azul de metileno (FAM); 6) DTSs tratados com FAM associado ao laser diodo; 7) DTSs tratados com laser diodo. Após os tratamentos, os DT foram mantidos em 3ml de solução estéril de BHI, em aerobiose a 37ºC por 48 horas. Semeou-se placas de Petri em duplicata para cada amostra em meio de cultura Ágar Sangue Colúmbia, mantidas em aerobiose a 37ºC por 48 horas para contagem das unidades formadoras de colônia (ufc)/ ml. A análise dos resultados pelo teste de Kruskal-Wallis, complementado pelo teste de Dunn, demonstrou no grupo 3 eliminação da contaminação das superfícies dos DT (p<0,05), enquanto que os grupos 2, 4, 5, 6 e 7 reduziram a sua contaminação comparados ao 1 (p<0,05), e os grupos 2 e 4 foram superiores ao 7 (p<0,05). Dentro dos limites deste estudo, pode-se concluir que dentre os tratamentos aplicados, a irrigação com digluconato de clorexidina a 0,2% foi o mais efetivo.